sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Monocromatas: a new wave do rock cuiabano

Meninos que gostam de se juntar pra fazer pic-nic e acampar na Chapada, universitários, apreciadores de um rock'n'roll com uma boa dose de irreverência, no molde "chiclete" do pop (aquela música que todo mundo já sai cantando desde a primeira vez qe ouviu), sempre à espera de uma "menina combustão". Essa é a essência da banda Monocromatas. Formada há menos de seis meses, com mais 1.500 visualizações no MySpace, músicas próprias e um público fiel nos divertidíssimos shows que vem fazendo, a banda desponta no cenário musical de Cuiabá. O vocalista e guitarrista André Gorayeb e o violonista, gaitista e percussionista Igor Xantecler conversam um pouco sobre a banda.

Como e quando surgiu a banda Monocromatas?
André - Foi no começo deste ano. A gente tinha acabado de desfazer o Vitrolas Polifônicas (antiga banda de André) e estávamos acampando em Chapada, em volta de uma fogueira, tivemos a idéia de fazer uma música. Começamos a fazer a música e depois pensamos:" VAmos gravar". A gente viu que a música tinha ficado legal. Não tinha nada pra fazer, aí a gente resolveu gravar a música.
Igor- A primeira canção foi "Garota Combustão". Eu não fiquei pro acampamento, só pro pic-nic. A idéia da "Garota Combustão" surgiu porque eles estavam tentando acender o fogo e estava faltando o escoteiro lá. Quem escreveu foi eu, o Luís, o André e o Yuri. Depois, na casa do André, a gente terminou de escrever e já gravamos.

A garota combustão estava lá no momento da composição?

Igor- Não. Por isso que eu fui embora. Só tinha macho no acampamento. A garota combustão estava na cidade.

Por que o nome "Garota Combustão"?
Igor- Pra acender a fogueira, uai. Garota combustão é um trocadilho. Combustão é de peito e de fogo também, mas é mais pras gatinhas com bustão. (risos)

Tem muitas meninas combustão inso nos shows?
igor- Tem umas com bustinho também, mas o que importa é a presença de todas.

Vocês gostam de fazer trocadilhos nas músicas. O nome da banda surgiu assim?
Igor- O primeiro nome foi um sacrifício pra sair e saiu Ultra Marte . A gente fez uma lista de nomes e, na última hora, a gente trocou por Monocromatas. A definição do nome é "uma cor só" porque somos contra o movimento colorido. a gente preza pela única cor, tanto que, a cada show, escolhemos uma só cor pra todo mundo usar.

A banda teve alguma influência do Vitrolas Polifônicas? Quem passou do Vitrolas para o Monocromatas?
André- Não. Não teve influência. Eu e o Buiú, o baterista, éramos do Vitrolas. Só teve a experiência de show, mas nada de Música. Já tínhamos experiência de dois anos com o Vitrolas.

E como é trabalhar com o Buiú, que é o músico mais experiente?
Igor- É muito bom porque a gente acaba adquirindo um pouco dessa experiência também como músicos.

Como é o processo de composição da banda? As músicas de vocês têm um to mais alegre, não é um rock tão pesado.
André
- É música chiclete, que pega na mente. Quase todas as músicas falam sobre garotas (risos). É que é mais fácil, mas também tem úsica que fala da história de alguém. A gente só termina a música depois que ela pega na mente. A gente fica cantando ela o dia inteiro, aí faz ela pegar. (risos)

Como foi fazer cover da Lady Gaga? Vocês gostam mesmo dela ou foi só pra experimentar alguma coisa nova?
André
- A gente fez pra experimentar algo novo. eu aprecio bastante ela como artista, mas não costumo ficar ouvindo em casa.
Igor- A gente tocou porque o povo gosta, mas não vamos tocar mais.

O que vocês estão achando do atual cenário da música independente em Cuiabá?
André- Eu acho que já foi melhor. Agora está meio parado porque tem muitas bandas novas surgindo, mas antigamente tinha mais coletivos. Tinha o Volume e o Espaço Cubo ajudava mais. Tinha muito mais shows e agora está parado.

E vocês têm coseguido fazer clipe e divulgar a banda de forma mais abrangente, mesmo sem a ajuda desses coletivos?
André
- Sim. Clipe a gente ainda não tem, mas temos Facebook, MySpace,Orkut e Twitter.

Na UFMT, principalmente no Istituto de Linguagens e no curso de Comunicação tem muita gete que tem banda, que faz música. Vocês acham que esse meio acadêmico influencia ou não tem nada a ver? Vocês já gostavam de música antes e o meio não influenciou?
André
- Eu acho que influencia muito porque todo mundo que gostava de música e entrou na faculdade começou a fazer bastante amizade e tal, entra e conhece bastante gente que gosta de música, se interagem e fazem bandas.

O pessoal que curtia o Vitrolas continua seguindo o Monocromatas?
André
- Claro! Acharam até melhor! Estão gostando muito mais!

A banda tem planos para o futuro? O que vocês pretendem fazer?
André
- A gente está pretendendo fazer uma turnê na Europa, mas só pretendemos. Por enquanto a gente ainda não achou patrocinador nem nada. Mas a gente está querendo!(risos)

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